quarta-feira, 24 de novembro de 2010
Eu não quero ser uma pessoa normal, vivendo uma vida normal. Eu quero meus defeitos, meus efeitos. Quero tudo e quero mais. Eu não ligo se o ano acabou. Minha fé balançou e as pessoas estão pensando em árvore de natal e festa de ano-novo. Já chegou o final de dezembro? Não. Então, me desculpa. Leva os enfeites natalinos de volta pro armário, para de procurar lentilha no supermercado, devolva sua passagem para aquela viagem que você nem sabe onde é. Viva um dia de cada vez. Respire, esqueça... Esqueça do Papai Noel, esqueça sua certeza de que ano que vem vai ser melhor. É estranho, eu sei. Mas certeza a gente tem que ter de hoje. Do agora. Sou da turma do improviso. Por isso, não me pergunte. Eu nunca sei o que vou sentir daqui a 5 minutos, 2 meses, um ano. Sinceramente não sei. E se sei, minto. Eu não vivo o futuro. Eu não sei que caminhos seguirei, que pessoas amarei, quantos gatos terei. Eu só sei o que quero. O que devo. Agora. Eu nasci assim. Conheço o fim e improviso o meio. Falta de juízo? Não sei. Preciso sentir antes de pensar, só depois ajo. Eu vivo como vive quem planeja: Bato a cabeça do mesmo jeito. Arrisco. Machuco. Sangro. Costuro. Me reconstruo, igual fiz nos últimos anos. Porque verdade seja dita: cada um vive de um jeito. Mas o que foi 2008, dois anos atrás? A idéia foi me partir ao meio? Dividir o mundo ao meio? Me arrancar o coração? Roubar minha esperança? Enxergar em cada rosto um ponto de desespero? Se o plano era esse, coloca um "A" aqui. Bota um parabéns e me dá uma estrelinha. Eu preciso, eu mereço. Preciso porque me arrisquei. Mereço porque me ferrei. E não me ferrei porque simplesmente quis. Resultado? Aprendi. Ponto pra mim! Quanto maior o grau de dificuldade, maior o prêmio. Não é assim? Eu acho. Bom, está escrito em algum lugar, mas não me pergunte onde porque eu não sei. E o prêmio não é ganhar um bônus por decepções digeridas nem coragens reforçadas, com uma viagem de ida e volta com acompanhante para uma ilha linda. O prêmio é olhar pra dentro e mesmo com toda dor, mágoa, tristeza, falta de rumo e prumo, se reconstruir. Se aceitar. Ter orgulho de quem você é.
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